“Eu creio no cristianismo, assim como creio que o sol se levantou; não porque eu o vejo, mas porque por ele vejo todas as demais coisas”.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Abençoem-nos as Provações

Sabendo que a tribulação produz perseverança. Romanos 5.3


Esta é uma promessa em sua essência, embora não o seja em sua forma. Temos necessidade de paciência, e neste versículo encontramos a maneira de consegui-la. É somente através do suportar que aprendemos a suportar, assim como é através do nadar que aprendemos a nadar. Não podemos aprender a nadar em terra seca, nem aprender perseverar sem tribulação. Suportar a aflição não é algo digno, quando fazemos pelo desejo de obter aquela belíssima serenidade de espírito que calmamente se aquiesce a toda a vontade de Deus?  

Este versículo ressalta um fato singular, que não esta de acordo com a nossa natureza, mas é sobrenatural. A tribulação, por si mesma, produz a petulância, a incredulidade e rebeldia.  Somente por meio da operação da graça divina, a tribulação é levada a produzir em nós a perseverança. Nós trilhamos o trigo com o propósito de jogar fora as suas cascas; o mangual da tribulação faz exatamente isso no eirado de Deus. Não sacudimos uma pessoa, para lá e para cá, tendo em vista proporciona-lhe descanso. O Senhor, porém age desta maneira com seus filhos. Com certeza, este não é o costume dos homens. No entanto, isso é algo que redunda em glória para o nosso Deus, que é plenamente sábio.

        Oh! Que eu receba graça para permitir que as tribulações me abençoem! Por que deverei eu retardar as suas realizações graciosas? Senhor peço-Te que removas a minha aflição, porém eu te suplico dez vezes mais que retires a minha impaciência. Ó precioso Senhor Jesus, com teu sofrimento grava em meu coração a imagem da tua paciência.

por C.H. Spurgeon

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Deus Está Acima de Toda a Filosofia



  
Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos.

1 Coríntios 1.19

Este versículo é uma ameaça para o homem sábio nas coisas do mundo, mas para o crente simples é uma promessa.

Aqueles que se declaram instruídos estão sempre procurando reduzir a nada a fé do crente humilde, porém falham em suas tentativas. Seus argumentos sucumbem; suas teorias caem sob o seu próprio peso; suas maquinações bem elaboradas se revelam antes mesmo de cumprirem seus objetivos.

O antigo evangelho ainda não se extinguiu, nem será extinto, enquanto o Senhor viver. Se o antigo evangelho pudesse ter sido aniquilado, teria desaparecido da face da terra há muito tempo. 

Não podemos destruir a sabedoria dos sábios deste mundo, nem devemos tentar fazê-lo, pois esta obra se encontra em mãos melhores. O Senhor mesmo disse: “Destruirei”; e Ele nunca decide em vão.

Duas vezes neste versículo o Senhor declara seu propósito; podemos descansar certos de que Ele jamais se afastará desse propósito.   Que admirável aniquilamento da filosofia e do pensamento moderno o Senhor realiza, quando põe suas mãos a esta obra!

Deus transforma em nada aquilo que tem aparência excelente. Ele destrói completamente a madeira, o feno e a palha. Está escrito que o Senhor o fará; portanto, Ele realmente o fará.

Ó Senhor, não Te demores a fazê-lo. Amém e amém!    



C.H. Spurgeon

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O evangelho segundo o Twitter

Amigos (as)

Recebi esse vídeo de um irmão e é simplesmente fantástico a forma de falar sobre o evangelho, a história de nosso salvador Jesus Cristo, segue o vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=8uBU2CzisEQ

Ubuntu!


A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela  contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando  terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele  chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas   as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.

Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"

Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda  não havia compreendido, de verdade,a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?

Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"

Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
UBUNTU PARA VOCÊ!

DESASSOSSEGO

A OBSESSÃO PELO MELHOR

Leila Ferreira é uma jornalista mineira com mestrado em Letras e
doutora em comunicação em Londres.
Apesar disso, optou por viver uma vidinha mais simples, em Belo Horizonte..

(Leila Ferreira)

Estamos obcecados com "o melhor".

Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber
do "melhor".

Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a
melhor dieta, a melhoroperadora de celular, o melhor tênis, o melhor
vinho

Bom não basta.

O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e
que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos
com "o melhor".

Isso até que outro "melhor" apareça e é uma questão de dias ou de
horas até isso acontecer.

Novas marcas surgem a todo instante.

Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos
parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.

O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver
inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno
desassossego.

Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho
no que falta conquistar ou ter.

Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.

Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os
outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor,
ganhando melhores salários.

Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com
o melhor tênis.

Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos.
Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente.

Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência?

Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e
assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o
melhor cargo da empresa?

E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do
meu quarto?

O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o
"melhor chef"?

Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora
existe um melhor e dez vezes mais caro?

O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor
cabeleireiro"?

Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos
deixados ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.

A casa que é pequena, mas nos acolhe.

O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria.

A TV que está velha, mas nunca deu defeito.

O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que
os homens "perfeitos".

As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas
vai me dar à chance de estar perto de quem amo...

O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me
constituem.

O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.

Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso?

Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?

"Sofremos demais pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo
muito que temos."
(Shakespeare)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A arte do desaforo

VERSÍCULO:
  “Se alguém lhe tirar a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica.” Lucas 6:29b

PENSAMENTO:
  Alguns dizem que a Palavra de Deus é antiquada. O que poderia ser mais atual do que um conselho de como agir num assalto! Não é isso que os policiais nos aconselham - não reagir? O ponto não é que nossos pertences não valem nada, nem que alguns, pela sua condição social, ganharam o direito de roubar. O ponto é que os súditos do Reino sabem escolher o que é realmente valioso. Apesar da injustiça e da provocação de criminosos ou perseguidores, há coisas mais importantes do que nossos bens. Há momentos para procurar as autoridades e buscar justiça. E há momentos em que resistir ou reagir ao mal trará perdas maiores ainda. Lembramos as palavras daquela pessoa que refletiu sobre o que não perdeu num assalto. Alguém que sofreu um assalto certa vez fez uma valiosa observação: ele notou que o ladrão levou sua carteira, mas, não sua vida; seu dinheiro, mas, não sua alma. E graças a Deus era o outro que roubava, e não ele. Deus nos abençoou de modo que aquilo que temos de mais valioso ninguém pode roubar (João 10:28-29). Há situações em que a melhor forma de guardar talvez seja abrindo mão de todo o resto.

ORAÇÃO:
  Santo Deus, o incômodo que nós sentimos com a perda de algum bem ou posse não se compara à perda que o Senhor teve por nossa causa. Obrigado por estas palavras sábias e prudentes de Jesus. Que possamos lembrá-las nos momentos imprevistos quando mais precisamos. Proteja, ó Pai, seus filhos neste mundo tão perverso. Proteja-nos. O Senhor é a nossa proteção. Não temos nenhum outro. Em nome de Jesus oramos. Amém.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Bem aventurados os que sofrem....

Bem-aventurados serão vocês, quando os odiarem, expulsarem e insultarem...”  -- Lucas 6:22

PENSAMENTO:
  A epístola a Diognetus do segundo século descreve Cristãos assim: "Eles amam todos os homens, no entanto, são perseguidos por todos... Eles são mortos, mas, recebem vida. Eles vivem na miséria, mas, trazem riqueza a muitos... são caluniados, mas, abençoam; são
insultados, mas, respeitam. Fazendo o bem eles são punidos como malfeitores, sendo punidos eles regozijam, como se fossem revigorados." Se você não sofre por Cristo hoje, saiba que muitos dos seus irmãos sofrem. Pode ser um discípulo num país que reprime o Cristianismo. Pode ser um Cristão numa família mundana ou que só aceita certa "linha" de doutrina. Seja qual for o caso, há irmãos nossos que sofrem e são excluídos por causa de Jesus. Lembre deles
em suas orações e ore a Deus para que sejam cada vez mais fiéis a Jesus. Ore para que saibam o quanto Ele os ama e quão grande é o tesouro que os espera.

ORAÇÃO:
  Pai Santo, sou grato que nem eu nem minha família sofremos por seguir a Jesus. Mas, eu rogo por meus irmãos que sofrem perseguição e insultos por causa de Cristo. Fortaleça-os e proteja-os. Que estas palavras de Jesus sejam uma fonte de inspiração e coragem para eles. Em nome do Rei oramos. Amém.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A Palavra Final de Deus






Nós, cristãos, temos uma tendência notável de focalizar quase exclusivamente o fruto do problema. Fazemos isso como pais ao lidar com nossos filhos; os pastores, com os membros da igreja; os maridos, com sua mulher; e as mulheres, com seu marido. Fazemos isso com nós mesmos. Por outro lado, o evangelho sempre trata das raízes do problema. E a raiz do problema não é o mau comportamento. O mau comportamento é o fruto de algo mais profundo.

Harold Senkbeil identifica corretamente nosso verdadeiro inimigo: a morte. Em outras palavras, os pecados são o fruto de um problema mais profundo, um problema que somente Deus pode resolver. A morte é a raiz do problema.

"Isto parece bom", ela pensou consigo mesma. Aquele fruto lustroso – ele clamava por ser comido, por ser desfrutado. E que experiência ampliadora seria esse desfrute – o conhecimento do bem e do mal, o Poderoso havia dito. Como ele poderia querer menos do que o melhor para os seus?
"Meu marido e eu seremos como o próprio Deus?", ela pensou. "Ora, como isso pode ser tão mau?"
A serpente foi sensata: era muito melhor conhecer o bem e o mal do que conhecer apenas o bem.
"Tome, coma um pouco." Ela passou o fruto suculento para o seu marido.
"É muito bom. Aliás, Adão, você sabe o que Deus queria dizer com a palavra – eu acho que era – ‘morrer’?"

Todo comportamento pecaminoso – até nos cristãos – tem sua origem na morte que aconteceu no Éden. Tratar do comportamento sem lidar com a morte é perpetuar a morte. Os fariseus eram mestres nisso, e Jesus os chamou de "sepulcros caiados". Muitos de nós, cristãos, somos culpados de cometer esse mesmo erro. Tendemos a pensar no evangelho como o programa de Deus para tornar pessoas ruins em pessoas boas e não para tornar pessoas mortas em pessoas vivas. O fato é que Jesus veio primeiramente para realizar uma ressurreição da morte e não uma reforma moral – como sua própria e ressurreição demonstram.

A seguinte citação foi extraída do excelente artigo de Senkbeil publicado no livro Justified: Modern Reformation Essays on the Doctrine of Justification(Justificado: Ensaios Reformados Modernos Sobre a Doutrina da Justificação):

Muitas pessoas acham que o dilema humano é que nossas vidas estão fora de ajuste; não satisfazemos as expectativas de Deus. Portanto, a salvação se torna um questão de reorganizar nossas prioridades e ajustar nosso estilo de vida para corresponder com a vontade de Deus. Em sua forma mais grosseira, este erro leva as pessoas a pensarem que merecem sua própria salvação. Mais freqüentemente, no mundo evangélico contemporâneo, o erro tem um disfarce mais sutil: armado com perdão por meio de Jesus, as pessoas são instadas a praticar técnicas e princípios que Cristo ensinou para colocarem novamente seu estilo de vida em harmonia.

É verdade que vidas pecaminosas estão fora de ajuste. Todos nós necessitamos do poder santificador do Espírito. Mas isso vem somente depois que nosso verdadeiro problema é resolvido. Os pecados são apenas o sintoma; o nosso verdadeiro dilema é a morte.

Deus advertiu Adão e Eva de que o conhecimento do mal viria a um preço elevado: "No dia em que dela [da árvore do conhecimento do bem e do mal] comeres, certamente morrerás" (Gn 2.17). Nossos primeiros pais quiseram ser como Deus e se mostraram dispostos a pagar o preço. E ainda estamos pagando o preço: "O salário do pecado é a morte" (Rm 6.23); "Em Adão, todos morrem" (1 Co 15.22); "Estando vós mortos nos vossos delitos e pecados" (Ef 2.1).

O verdadeiro problema que enfrentamos é a morte. A morte física, com certeza. Mas, em última análise e mais horrivelmente, a morte espiritual – ser separado de Deus para sempre. E todos têm de morrer. Você pode morrer sozinho ou morrer em Jesus.
Em sua morte, Jesus Cristo absorveu a nossa morte e ressuscitou triunfantemente para remover todo o poder do sepulcro. Na promessa da ressurreição, a morte perde seu poder. Quando morremos com Jesus, nós vivemos realmente!
A santificação consiste da compreensão diária de que em Cristo morremos e de que em Cristo ressuscitamos. Mudança de vida acontece à medida que o coração assimila diariamente a morte e a vida. Reforma diária é o fruto de ressurreição diária. Entender isso de outra maneira (o que sempre fazemos por costume) significa perder o poder e o principal ensino do evangelho. Em seu livro God in the Dock (Deus no Banco dos Réus), C. S. Lewis deixa claro o argumento de que "você não pode conseguir as coisas secundárias por colocá-las em primeiro lugar; você consegue as coisas secundárias somente por colocar as coisas prioritárias em primeiro lugar". O comportamento (bom ou mau) é uma coisa secundária.

Em nossos dias, espera-se que os pregadores sejam especialistas em "renovação moral cristã". Espera-se que eles ofereçam listas de "faça isto", em vez de anunciarem: "Está consumado". Espera-se que eles façam alguma outra coisa "mais do que" expor aos olhos de suas congregações a obra consumada de Cristo, pregando uma absolvição total baseada tão-somente na justiça completa de Outro. Evidentemente, a ironia é que a renovação moral não acontece mesmo quando os pregadores seguem essa pressão. Focalizar-me no como estou fazendo mais do que naquilo que Cristo fez é narcisismo cristão (um oximoro, se já ouvi um oximoro) – o veneno da auto-absorção que destrói o poder do evangelho em nossa vida. Marinho Lutero comentou que "o pecado que está por trás de todos os nossos pecados é a mentira da serpente de que não podemos confiar no amor e na graça de Cristo e de que temos de tomar as questões em nossas próprias mãos".

Em outras palavras, a renovação moral é refocalizar nossos olhos, removendo-os de nós mesmos e fixando-os na obediência daquele Homem, na cruz daquele Homem, no sangue daquele Homem – na morte e na ressurreição daquele Homem!
"Em meu lugar, condenado ele foi e com seu sangue meu perdão selou – aleluia! Que Salvador!"

Aprender a amar diariamente esta troca gloriosa, descansar em sua completude e viver sob a sua bandeira é o que significa ser moralmente reformado!


William Graham Tullian Tchividjian é o pastor da Igreja Presbiteriana Coral Ridge em Ft. Lauderdale, Florida. É professor visitante de Teologia no Reformed Theological Seminary e neto do conhecido pregador e evangelista Billy Graham. É formado em filosofia pela Universidade de Columbia e obteve seu M.Div pelo Reformed Theological Seminary. Tullian é autor de vários livros e contribui como um dos editors do jornal Leadership Journal. Ele é preletor em diversas conferência teológicas nos EUA e faz um programa de rádio, com meditações e pregações. É casado com Kim, com quem tem três filhos Gabe, Nate, e Genna.

A Fé Como Um Dom



por Dr. Sinclair Ferguson

Isso é ainda mais enfatizado no Novo Testamento pelo fato de a fé ser um fruto do ministério do Espírito e ser vista no Novo Testamento como um dom de Deus. Aqui, também, há uma evidente tensão entre a atividade do Espírito e a resposta humana. Paulo provê para nós uma importante perspectiva neste aspecto, delineando uma analogia ulterior entre crer e sofrer: “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo, e não somente de crerdes nele” (Fp 1.29). O sofrimento, como a fé, é um dom da graça na experiência cristã. Mas o dom do sofrimento não nos é dado convenientemente como um fait accompli. Quem sofre somos nós, não Deus. Não obstante, esse sofrimento é um dom procedente dele. De uma forma paralela, a fé não é um pacote posto em nossas mãos. É a atividade do homem como um todo, direcionada pelo Espírito para Cristo. Deus não crê por nós, nem em nós; nós é que cremos. Todavia, é somente pela graça de Deus que cremos. Seu dom é simultaneamente ato nosso.

O texto clássico em relação a isso é Efésios 2.8: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”. Há aqui um problema exegético bem notório: qual é o antecedente de “isto”, e, portanto, o que exatamente constitui o dom?

Para o leitor casual, “fé” se lê como o antecedente natural (é o antecedente imediato). Mas “isto” (touto) é neutro, enquanto ambos os antecedentes prévios são femininos (charis, “graça”, e pistis, “fé”); assim também “salvação” (soteria), que pode ser entendida como o antecedente não escrito: “e isto (ou seja, a salvação) não vem...”.

É um princípio há muito reconhecido que em linguagens onde o gênero gramatical de um pronome não pode concordar com o gênero do próprio antecedente, também não pode concordar com o gênero da palavra que o denota.([1]) Neste contexto específico, visto que tanto pistis como charis não são gênero neutro, tampouco podem servir de antecedentes.

Três considerações sugerem que o antecedente (ou seja, a coisa que é o dom de Deus) é a fé (pistis).

(1) Ela é o antecedente imediato e, portanto, o mais natural.
(2) Seria uma tautologia não usual (porém admissivelmente não impossível, como Rm 2.24 e 5.15 indicam) falar da graça como um dom de Deus, já que, por definição, a graça é um dom de Deus.
(3) Ela fornece uma redação coerente do pensamento padrão de Paulo, o qual pode ser parafraseado assim:

Deus nos vivificou – pela graça sois salvos (2.5).
Deus nos ressuscitou – para mostrar sua graça (2.6-7).
E é deveras pela graça que tendes sido salvos (2.8)!
Esta graça, porém, não só não nos envolve como também ignora nossa ação
(a salvação é pela fé, ou seja, envolve nossa resposta ativa).
Não obstante, esta fé ativa, de nossa parte, não prejudica a graça.
Pois até mesmo a capacidade de crer não é nossa independentemente.
A fé (também) é o dom de Deus.
Portanto: a salvação que é pela graça é também pela fé.
Mas, como agora se torna claro, esta salvação,
embora recebida por nossa ação (fé),
não é desse modo “pelas obras”.
Ela envolve nossa atividade,
mas não deixa espaço para nossa vanglória (2.9).
Daí:
a salvação não é obra nossa;
ao contrário, somos feitura de Deus (2.10).

Mesmo que adotemos o ponto de vista de que “ser salvo através da fé” é que forma o antecedente (ponto de vista favorecido por Calvino e outros), haveria ainda um indício de que a fé é um dom da graça. Que a fé, em qualquer caso, é vista por Paulo como um dom, é confirmado em Efésios 6.23, quando ele ora pela “fé, da parte de Deus o Pai e do Senhor Jesus Cristo”. Haveria pouca importância orar pelo que procede do Pai e do Filho, a menos que a fé seja, em algum sentido, conferida por eles. Semelhantemente, Pedro se refere aos crentes como quem “obtiveram fé igualmente preciosa na justiça de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 1.1), o que parece ser uma referência ao conteúdo da fé (fides quae creditur), não do ato (fides qua creditur). Além do mais, no Novo Testamento, o arrependimento (do qual a fé é inseparável) é visto como um dom (At 5.31; 11.18; 2Tm 2.25); não surpreende, pois, se a fé é também vista como um dom da graça. Aqui, pois, se dá prioridade à soberania divina (ela é o sine qua non da fé) sem minimizar a realidade e a significação da atividade dos crentes.

Além do mais, o exercício ativo da fé (quem crê somos nós, não Deus) não compromete a graça da obra do Espírito na implicação da salvação. É da natureza da fé que por meio dela recebamos ativamente a Cristo e a justificação nele, sem contribuir para isso. Acima de tudo, fé é confiança em outro. É a antítese de toda autocontribuição e autoconfiança.

Paulo faz alusão a isso quando diz que a promessa da salvação é pela fé para que a mesma pudesse ser pela graça e ser garantida aos crentes (Rm 4.16). Fé envolve graça sem transformar a salvação em mérito humano.

Warfield expressa isso de um modo pitoresco, quando diz:

O poder salvífico da fé reside, portanto, não nela mesma, mas no Onipotente Salvador em quem ela repousa. Nunca, na Escritura, por causa de sua natureza formal como um ato psíquico, se concebe a fé como sendo salvífica – como se essa disposição mental ou a atitude do coração fosse em si mesma uma virtude que reivindicasse de Deus sua recompensa ... Não é a fé que salva, mas a fé em Jesus Cristo... Estritamente falando, não é nem mesmo a fé em Cristo que salva, mas é Cristo quem salva pela instrumentalidade da fé.([2])

Somos salvos por Cristo através da fé. O poder salvífico da fé não reside nela mesma, mas no objeto de sua confiança. Como G. C. Berkouwer escreve em outra conexão: “A fé não possui um único momento construtivo e criativo; ela repousa única e exclusivamente na realidade da promessa”.([3]) Há um envolvimento total do crente; ao mesmo tempo, porém, a graça não é comprometida. O caráter da salvação pela graça é que ela envolve o homem sem prejudicar a gratuidade da salvação recebida. Otto Weber o expressa bem: “A fé, segundo a compreensão bíblica, consiste não em ser o homem excluído, mas em ser o homem envolvido ao máximo”.[4]

Transcrito do livro O Espírito Santo, pp 171-175; Editora Os Puritanos
[1] Cf. Abraham Kuyper, The Work of the Holy Spirit, tr. H. De Vries (Nova Iorque: Funk & Wagnalls, 1900), p. 412; Robert E. Countess, “Thank God for the Genitive”, Bulletin of the Evangelical Theological Society 12 (1969), pp. 117-122.
[2] Warfield, op. cit., p. 504.
[3] G. C. Berkouwer, The Sacraments (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1969), p. 147.
[4] Otto Weber, Foundations of Dogmatics, tr. Guder (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1983), vol. 2, p. 147.

Fonte: Os Puritanos

Nossa Depravação


Por J. I. Packer 

A Bíblia é enfática ao dizer que o estado de pecado é absolutamente universal. É natural e inevitável que cada pessoa peque. "Pois não há homem que não peque" (1 Rs 8.46). "Todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado... todos se extraviaram... não há quem faça o bem, não há nem um sequer... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm 3.9, 12, 23). "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós" (1 Jo 1.8). A Bíblia explica essa pecaminosidade universal em termos de solidariedade dos homens com Adão (cf. 1 Co 15.22; Rm 5.12 ss.). Adão, ao transgredir, tornou-se pecador por natureza. E os descendentes de Adão já nascem pecadores, e, assim, pecam por natureza. O nome tradicional daquela disposição inerente de antipatia contra Deus e contra a sua lei, que temos herdado de Adão, é pecado original — nome esse que, embora não figure na Bíblia, é muito apropriado, quer consideremos que essa disposição é herdada por nós do primeiro homem, quer pensemos que ela encontra-se em nós desde nossa concepção, ou quer achemos que todos os nossos atos de pecado se originam dela. A Bíblia intitula essa disposição de "a carne", ou "o pendor da carne" (Rm 8.7), ou simplesmente "o pecado que habita em mim" (Rm 7.20; examine os vv. 8-13). Essa atitude controla e determina a conduta de cada homem que não está em Cristo. Onde o Senhor não governa, o pecado o faz.

A descrição bíblica sobre o estado de pecado inclui estes pontos:

1. É um estado de condenação. Isso nos mostra a relação do pecador para com Deus como Juiz, bem como para com os requisitos penais de sua lei, a qual declara: "A alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18.20). "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8.1) — à parte de Cristo, todos os homens estão sob sentença de morte, tanto devido às suas delinqüências pessoais (cf. Rm 1.32; 2.8, 9), como por causa de sua solidariedade com Adão. Assim como os crentes são justificados por causa de Cristo, por ter-lhes sido imputada a retidão dEle, assim também aqueles que não têm a Cristo são con¬denados por causa de Adão, por lhes ser imputada a transgressão dele. Isso não significa, entretanto, que eles sejam tidos como se tivessem praticado pessoalmente o pecado de Adão, e, sim, que Adão pecou representativamente, em sua capacidade pública de cabeça da raça humana, e que todos os homens estão envolvidos nas conseqüências penais de seu ato pecaminoso. A obrigação penal que nos cabe, em virtude de nossa ligação com Adão, com freqüência tem sido chamada culpa original, estando essa culpa incluída na definição do pecado original.

Em Romanos 5.12 e 15.19, Paulo desdobrou essa noção da culpa original — a idéia é que, quando um pecou, "todos pecaram", e, em razão desse ato, "tornaram-se pecadores".

2. É um estado de contaminação. Isso nos mostra a relação entre o pecador e o Deus santo. Nos dias do Antigo Testamento, Deus muito ensinou, através de vários tabus e rituais de pureza, sobre questões de higiene e de hábitos alimentares, que há coisas que tornam o homem incapaz de ter comunhão com Ele, pois contaminam o homem, tornando-o sujo e, em conseqüência, repelente e inaceitável aos olhos de Deus. Nosso Senhor eliminou e cancelou esses preceitos simbólicos, tendo dito en-faticamente que aquilo que contamina o homem não são os alimentos, mas o pecado. "Assim vós também não entendeis? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar...? E assim considerou ele puros todos os alimentos. E dizia: O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura" (Mc 7.18 ss.). Isaías aprendera a lição há séculos. Quando ouviu os serafins proclamarem no templo a santidade de Deus, foi compelido a exclamar: "Ai de mim!... porque sou homem de lábios impuros". Ele foi forçado a reconhecer-se incapaz de ter comunhão com Deus, e, de fato, "perdido" — condenado — face a reação adversa que o Deus santo certamente demonstraria para com a sua imundícia (Is 6.3-5).

3. É um estado de depravação. Isso nos mostra a relação entre o atual estado do pecador e a imagem de Deus, na qual ele foi criado. Em essência, essa imagem era a retidão (cf. Ec 7.29). Conforme fora criado por Deus, o homem possuía uma mente conhecedora da vontade de Deus e um coração que se regozijava nessa vontade, amando-a e praticando-a. Fazia parte da natureza do homem, então, ser santo, como Deus é santo. No entanto, não é assim agora. A mente humana está entenebrecida no tocante às realidades espirituais, a sua vontade se alienou da vontade de Deus, a sua consciência é insensível à voz de Deus (cf. Ef 4.18, 19). O homem tornou-se não apenas fraco, mas tam¬bém mau aos olhos de Deus; e agora é inegavelmente perverso e ímpio (Rm 5.6). Moral e espiritualmente, o caráter do homem estampa a ima¬gem de Satanás, e não a de Deus. Ora, é precisamente isso o que a Bíblia quer dizer quando fala sobre o homem caído no pecado como "filho do diabo" (Jo 8.44; Mt 13.38; At 13.10 e 1 Jo 3.8).

Essa depravação, essa distorção da imagem de Deus, é comumente e corretamente tida como total: não no sentido que no homem tudo é tão mau quanto possa ser, mas no sentido que no homem coisa alguma é tão boa quanto deveria ser. Nada do que o homem faz é bom, nem o exercício de quaisquer de suas faculdades tem qualificação aos olhos de Deus. Até mesmo quando certos homens de moralidade "procedem por natureza de conformidade com a lei" (o que ocorre com certa fre¬qüência — Rm 2.14; cf. Mt 7.11), seus corações mostram-se errados. Cada ação deles é viciada, voltada de alguma maneira para seus próprios interesses, pois o motivo do pecador sempre é algo mais (e, portanto, sempre algo menos) do que o puro amor a Deus, a pura consideração para com a vontade de Deus e ó puro desejo por sua glória. Em cada ato humano, em algum ponto, manifesta-se sempre a corrupção. Deus, que lê o coração, vê tudo isso, mesmo quando o homem nada percebe. "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum" (Rm 7.18).

4. É um estado de incapacidade. Isso nos mostra a relação entre o pecador e Deus na qualidade de Legislador, e os preceitos de sua lei. Deus não alterou a sua santa lei, desde a Queda (e como poderia Ele fazê-lo?). Ele continua exigindo de nós um perfeito amor a Si e ao nosso próximo. Seu direito de ordenar e a retidão daquilo que Ele ordena não é afetado pela depravação de nossa natureza. O que foi afetada foi a nossa capacidade de obedecer aos seus mandamentos. Antes de cair no pecado, Adão tinha em si esta capacidade de obedecer a Deus, mas nós não a temos. Como podemos amar a Deus, se o impulso que vem do mais profundo de nosso ser é inimizade contra Ele? Para nós, isso é simplesmente impossível. "O pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus" (Rm 8.7, 8). E quando Deus ordena àqueles que estão na carne que se arrependam (At 17.30) e confiem em seu Filho (Jo 6.28, 29), eles não podem atender enquanto seus corações não forem renovados (cf. Jo 3.5; 6.44; 1 Co 2.14).

Em vista disso, nossa vontade é livre? A resposta mais simples e direta é que nossa vontade é livre, mas nós mesmos não somos. Nossa vontade é livre no sentido que temos a capacidade de fazer aquilo que queremos, no campo das ações morais; mas nós mesmos, como descendentes de Adão, somos escravos do pecado (Jo 8.34; Rm 3.9; 6.16-23). Isto significa que, de fato, jamais haveremos de querer, com todo o nosso coração, fazer a vontade Deus. Portanto, em seu estado pecaminoso, o homem jamais pode agradar a Deus. A tragédia do homem jaz precisamente no fato que a sua vontade é livre e que ele tem o poder de fazer aquilo que quer e escolhe fazer; mas, aquilo que ele quer e escolhe é sempre, de alguma forma, para a autoglorificação, e, portanto, é pecaminoso e ímpio, resultando que tudo quanto o homem faz serve para aumentar a sua condenação.

5. E um estado de ira. Esse termo nos mostra a relação entre o pecador e Deus na qualidade de Rei e, como tal, Juiz (pois nos tempos bíblicos os reis eram juízes, assim como, antes da monarquia, os juízes de Israel na verdade eram reis). No Antigo Testamento, o Rei divino é um guerreiro que batalha contra seus inimigos, impulsionado pela ira, a fim de levá-los à ruína. No Novo Testamento, os pecadores são os inimigos do Rei divino (Rm 5.10) e estão sob a sua ira (Rm 1.18 ss.). O Senhor de todas as coisas, que é o Juiz de toda a terra (Gn 18.25), está agora contra eles. Ora, se Deus está contra os pecadores, segue-se que todas as coisas também lhes são contrárias. Deus governa o seu mundo, mas não para o bem dos pecadores (Rm 1.18-2.16; 1 Ts 2.14-16; Ap 6.15-17).

6. É um estado de morte. Na Bíblia, a morte e a vida não são conceitos primariamente fisiológicos. Antes, são conceitos espirituais e teológicos. A vida significa comunhão com Deus, na experiência de seu amor; a morte significa estar sem esse privilégio. Os pecadores estão num estado de morte (Ef 2.1) e não têm qualquer outra expectativa, senão a de continuarem nesse mesmo estado (Rm 6.23).

domingo, 12 de junho de 2011

Sobre o Dia dos Namorados

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Por Augustus Nicodemus Lopes
Neste domingo 12 de junho se comemora o dia dos namorados. Pediram-me para escrever algo sobre o assunto mas a verdade é que estou meio sem ter o que dizer. Afinal, costumo escrever somente (mas nem sempre) sobre assuntos acerca dos quais eu possa encontrar fundamentação bíblica, um cacoete da minha formação na área de hermenêutica e estudos bíblicos.

O problema é este mesmo. Namorar não fazia parte da cultura do Antigo Oriente Médio, onde e quando a Bíblia foi escrita. Naquela época e naquele lugar o costume era outro. Os casamentos eram normalmente arranjados pelos pais. Havia uma cerimônia inicial de compromisso em que os dois se comprometiam. Depois de algum tempo vinha o casamento propriamente dito.

Assim, é um erro muito grande - e muito comum - pegar passagens bíblicas que se referem ao casamento e aplicar ao namoro. Como querer que a namorada seja submissa usando Efésios 5:22.

Contudo, mesmo não tendo direções específicas na Bíblia com referência a este período chamado de namoro, encontramos princípios gerais que podem ser aplicados. Menciono três deles.

1) A necessidade de pureza - a castidade e a pureza sexual são claramente ensinados na Bíblia. O problema com o namoro é que ele abre a porta para a exploração física dos corpos dos namorados, provocando o excitamento sexual, apalpamento dos órgãos genitais e não infreqüentemente as relações sexuais. Os namorados cristãos devem controlar-se e evitar toda e qualquer situação em que possam ser tentados a avançar o sinal vermelho. Em 1Tessalonicenses Paulo adverte:

Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação (1Tess 4:3-7).

"Defraudar" na passagem acima é você criar desejos e expectativas que não poderá cumprir de maneira lícita. A defraudação acontece quando os dois se excitam sexualmente, ficam prontos para o ato sexual quando o mesmo não pode ser realizado, pois seria fornicação. Portanto, um princípio geral que se aplica ao namoro é que o mesmo deve ser casto, puro e sem provocações à impureza. Não vou aqui cair na armadilha de tentar definir que tipo de beijo pode e que tipo não pode. Acho que o bom senso nos diz que quando a troca de beijos começa a provocar outras coisas, está na hora de parar.

2) A idolatria - consiste em colocar o namorado ou a namorada como o centro da vida, deixando Deus de lado. Comunicações constantes, telefonemas constantes e longos, mensagens de SMS trocadas a cada 15 minutos, emails o dia todo... tudo isso acaba virando uma obsessão que dá em idolatria. O namoro não é para isto. É um período de conhecimento intelectual, emocional e espiritual entre os dois. Namorados costumam se apegar em demasia um ao outro como se o outro fosse capaz de preencher o vazio e a necessidade que cada um de nós tem. Quando um namoro assim acaba, o desespero toma lugar, e não poucas vezes, suicídios. Namorados precisam manter distância segura. Um relacionamento intenso assim é para o casamento, e mesmo então, com cuidado para que não aconteça a idolatria. A Bíblia é clara: o Senhor Jesus é quem deve ter o primeiro lugar em nossas vidas, e somente nEle devemos buscar a plena satisfação para nossa alma cansada, aflita e sedenta.

3) A demora em casar - Paulo ensina que aqueles que não podem conter-se devem casar-se, pois é melhor casar do que viver abrasado (1Cor 7:9). Namoros longos e demorados acabam provocando a fornicação e a impureza sexual. Hoje em dia os jovens começam a namorar cedo demais e casam tarde demais. Começam aos 15 anos e querem casar somente quando tiverem casa própria, emprego fixo, etc - ou seja, aos 30 anos. Neste intervalo de 10 a 15 anos fica muito difícil permanecer casto, virgem e puro. O resultado são as escapadas para os motéis ou o banco de trás dos carros, quando não o próprio quarto em casa dos pais.

Bom, já escrevi aqui antes sobre sexo antes do casamento. Para quem ainda não viu, aqui vai:

Algumas sugestões aos namorados cristãos:

1) Evitem situações de risco. Não fiquem muito tempo sozinhos em locais discretos. Não avancem nas carícias.

2) Leiam a Bíblia e orem juntos. Leiam bons livros sobre namoro e casamento. Freqüentem os cultos, a Escola Dominical e outros grupos de estudo.

3) Não se isolem em si mesmos, procurem a companhia de outros jovens, saiam em grupo para programações sociais.

4) Envolvam os seus pais, procurem conhecê-los e ouçam seus conselhos.

5) Mantenham distância um do outro. Não transforme seu namorado (a) num deus.

6) Namore pensando em casar e não somente para se divertir. Leve o namoro a sério. Namoricos irresponsáveis quebram corações, criam mágoas e ressentimentos e marcam as pessoas.

Se usado dentro dos princípios bíblicos de pureza e dedicação a Deus, o namoro pode ser um período proveitoso de conhecimento mútuo e de preparação para o casamento.

Uma última coisa – tem gente que seria muito mais feliz se não tivesse casado. O celibato (ficar solteiro e puro) é uma opção bíblica válida de vida.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Me COMPADEÇO dos Homossexuais, ODEIO a Homossexualidade e NÃO TEMO a PL 122


Amados, assino embaixo, aliás, ao invés do querido Pr. Josafá parece até mesmo a minha consciência, meus pensamentos a falar, segue:
Pr. Josafá Vasconcelos
“Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor.”Mateus 9:36
“…Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, ?nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. ?Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” 1 Coríntios 6:9-11
O Senhor Jesus, olhando para as multidões, diz o texto sagrado, se compadeceu delas porque as via como ovelhas que não têm pastor. Ele bem conhecia o seu estado de miséria por causa do pecado. Sofria ao ver milhares, cativos de Satanás, convulsionando ao chão, espumando, andando em meio aos sepulcros, ferindo-se com pedras, maltrapilhos, vendidos ao pecado, como a mulher pecadora apanhada em adultério, infelizes, escravizados ao pecado. Cristo, a imagem de Deus perfeita em contraste com a imagem de Deus desfigurada (em cada um desses pecadores)! É assim que vejo os homossexuais; pecadores como eu, destituídos da glória de Deus, à mercê do diabo que os agrilhoa e faz deles o que quer. São infelizes, como eu era infeliz sem Cristo. Essas pessoas não estão preocupadas com o pecado do homossexualismo, ao praticá-lo, desejam apenas ser “felizes”. Elas foram convencidas pelo Maligno que isto é perfeitamente natural, uma opção legitima que lhes propicia grande satisfação, e por isso, ninguém, por preconceito, possui o direito de lhes coibir.
Ó como estão enganados, e, como gostaria de convencê-los disso! Porque sei que não são felizes, e a pecha que lhes atribuem, “gays” (alegres), não corresponde à realidade. Podem tentar mostrar sua alegria exteriormente, nas suas fantasias coloridas, pintadas com todas as cores do arco-íres, mas, isso de nada adiantará, seus corações continuarão tristes. Esses pobres pecadores estão praticando uma relação que nunca fez parte dos planos de Deus, e usufruindo de uma paixão considerada por Ele como “infame (Rom. 1:26) Oro e choro por eles, porque, as conseqüências serão drásticas. Satanás não quer que eles saibam disto, mas Deus lhes admoesta ao avisar da “merecida punição do seu erro”(Rom 1:27), “o salário do pecado é a morte”!(Rom 6:23) Ronda-lhes o fantasma da AIDS e os terrores do inferno.
Gostaria tanto que os homossexuais soubessem que há esperança, que há solução e completa libertação em Cristo Jesus! Quando Paulo, o Apostolo, chegou em Corinto, uma cidade ímpia ao extremo, havia ali muitas prostituas, muitos homossexuais, chamados de sodomitas, havia um templo dedicado às orgias, idolatrias e superstições; o Diabo reinava tranquilamente. O apostolo sentindo-se intimidado diante de tal cenário foi orar, e o Senhor lhe disse: “[...] pregue não te cales, pois tenho muito povo nesta cidade…”(At. 18:9-10) e assim, depois de um trabalho árduo, mais tarde pode dizer:
“[...] nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas [...] herdarão o Reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”.
Ó como gostaria de dizer a mesma coisa aos sodomitas e efeminados de hoje!
Odeio a homossexualidade! Esta prática maligna inventada por Satanás no mais profundo do inferno. Ela foi arquitetada por ele com o propósito de zombar de Deus e de sua obra perfeita, e para a desonra de homens e mulheres. É uma prática vergonhosa, imunda, que escraviza, humilha e degrada a pessoa humana. Não adianta lutar contra o preconceito que, infelizmente, existe nas pessoas, porque ele estará no íntimo de cada praticante; eles próprios se incriminam, marginalizam-se e punem-se a si mesmos. Os homossexuais se enganam ao pensar que assumindo publicamente a prática, se acharão livres, não estarão eles serão rechaçados pela própria consciência, que como verdugo os atormentará. Ó instrumento vil nas mão do sórdido impostor! Ó tridente infernal que atormenta estas pobres almas! Até quando não virá o Justo Juiz, para te julgar, trancafiando-te no teu próprio lugar de origem, juntamente com aquele que te engendrou? Quando deixarás para sempre de insultar a Deus e aviltar os homens? Te odeio homossexualidade vil!
Quem és tu PL122? Lei injusta, usurpadora da liberdade. Pretendes amordaçar os fieis, ameaçando-os de multa e prisão? Não sabes que os que amam a verdade de Deus não se intimidam? Eles já têm sobre si a sentença de morte; morreram com Cristo para este mundo, e a única coisa que desejam é viver para Deus. Nada deterá esses pregoeiros da justiça, nem os fará calar contra esta prática opressora de Satanás, que aflige essas pobres almas, as quais eles amam e desejam que sejam livres através da denúncia contra tal pecado e pela proclamação do Evangelho de Cristo. Esta é a única esperança capaz de libertá-los da condenação eterna. Ó Fútil, ignóbil e imprestável lei, pensas que silenciarás os púlpitos? Invalidarás os blogs e sites dos arautos da verdade? Ainda que fizesses as próprias pedras clamariam, e nos cantos obscuros das masmorras estes homens de Deus, ainda lá estariam orando, consumidos de amor pela pobre alma de cada homossexual, para que seja livre, salva, lavada e santificada em o nome do Senhor Jesus.
Pr. Josafá Vasconcelos
Igreja Presbiteriana da Herança Reformada – Salvador – BA